quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

De malas prontas

Estamos, de certo, buscando caminhos que complementem nosso trabalho, enriqueçam nossas vivências, potencializando-as. Ainda buscamos, claro, como qualquer ser que ainda busca encontrar uma identidade, experimentar e não cristalizar nossa pesquisa. É necessário deixar isto claro, pois não estamos relegando nosso público infantil, sempre carinhoso e cúmplice de nossa história, mas tampouco o escolhendo como único - por mais que possa parecer.

Intentamos basear nossas pesquisas em três linguagens: a máscara expressiva; o nariz de palhaço; e, claro, a música, desenvolvendo um conceito criado e denominado por nós como música-em-cena. Todavia, restringir ou escolher um único público seria um equívoco, que cercearia nosso trabalho, tornando-o mais recorrente, redundante, e menos criativo, amplo e com constrangimentos ou amarrações que nos atariam a novas buscas.

É prudente de nossa parte, assim, corroborar mais um vez um pensamento que vem ganhando espaço há algum tempo em nossas vidas conjuntas cênicas: a de que não temos um único público, mas sim um respeitável público. Tal noção nos guia e continuará a guiar nossos ainda rascunhados caminhos, mas na certeza absoluta, ao menos agora, de que estamos na trilha para construir algo juntos, incluindo aqui nosso público, para um repertório lúdico não só cenicamente, mas também rico em versos, letras, textos, imagens, cores e formas de nossas loucas e imensuravelmente prazerosas vidas.

E para isto, vamos agora à Buenos Aires nos reciclar, experenciar novas leituras e retornar com nosso embornal cheio de histórias, referências e futuros trabalhos. De lá, claro, daremos notícias sobre o que veremos e viveremos. E como diriam nossos amigos argentinos, já bem conhecedores e admiradores de Vinícius de Moraes e tantas outras figuras de nossa cultura tupiniquim, Saravá!

Leonardo Rocha

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