Em sua 3a. edição, o festival de palhaças promovido pelas Marias da Graça, no Rio de Janeiro, recebeu esse ano uma penetra: Begônia! Sim, de mala, cuia, meia, laçarote e nariz vermelho, Begônia pegou um trem de Minas e foi pro Rio - que mesmo debaixo do maior pé d'água continua maravilhoso!
Oficina de palhaças com Jeannick Dupot, do Le Rie Medicin - uma espécie de Doutores da Alegria da França
O festival Esse Monte de Mullher Palhaça, além de espetáculos solos de palhaças brasileiras (uma de cada canto do país) e internacionais, contou também em sua programação com cabarés (espetáculos de números de palhaças) e oficinas. Ousada, Begônia, mesmo fora da programação oficial, pediu (em francês!) para a professora Jeannick Dupond e foi aceita na oficina. Francês se fala olhos nos olhos!
Srta Huguette Espoir (Jeannick Dupont - França) em seu solo Poste Restante
Na oficina, mais do que os exercícios, o conteúdo, foi a experiência de jogar com palhaças tão direfentes. No primeiro dia, um trabalho com a palhaça argentina, Marina Barbera, de olhar firme e cheio de vida. No segundo, um lindo (e atrapalhadíssimo!) número de balé com as palhaças Elke - uma doçura importada da Áustria, além de uma brancura que só (não só na pele, mas no jogo de branca também!) e Michele (palhaça Barrica, do Sul, que sabe como ninguém como encher um maiô selvagem!). No terceiro dia, tive como chefe a palhaça Ferrugem (Gena - de Natal) , vinda direto "dum gran circo". E, como ela manda e eu obedeço, até suas calças tive que tirar.
Brenda Feuerle (Elke Maria Riedmann, da Áustria) em seu solo Fiel como Fogo.
No solo de Elke, ela, linda e fardada, é uma bombeira que dentre tantos detalhes, tem medo de água e adora fogo. Em uma hora, entre conversas com seu chefe pelo telefone, ela treina seu público para salvar vidas. Até a nadar ela ensina. "Não pânico!", ela alerta. E quem brinca com fogo, é claro: acaba queimada! E que fofa Brenda Feuerle saindo pretinha da explosão.
Um monte de mulher palhaça no aniversário de 20 anos da Margarida (Adelvane Néia)
Nos cabaréns, destaque para o lindo número em que Barrica vai à praia; as doçuras das pequeninas do Carroça de Mamulengos; Shei-lá (Júlia Schaffer - RJ), um banquinho e um violão; a abelha abelhinha da família de palhaças de um circo do interior de São Paulo; a avareza da Nana (Barueri-SP); a maestria da Flor chorando a morte de Michael e dos cigarros da Maíra.
Todas as palhaças na oficina de comicidade da JeannickLivre, leve e solta, a abertura do festival foi cantada por Silvia Machete - que rima com chacrete, com patinete, com chiclete! E o fechamento foi com a comemoração dos 20 anos da linda e brilhante palhaça Margarida. E no meio muito mais: entre tesouras, tomates e tamancos, Mafalda, Mafalda (parceira do meu gran mestre Zabobrim); as lindezas do nordeste Raquel e Odília; as mulheres de TPM de Volta Redonda; Fronha (Antônia de Brasília) e sua casa nova; a fofura (apesar de argentina) da diretora de palhaças Raquelita e muito, muito mais. Uma semana de palhaçadas é pouco pra esse tanto de mulher palhaça.
Begônia, no meio d'Esse Monte de Mulher Palhaça
Setembro/2009
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