sexta-feira, 15 de julho de 2011

Diário de Bordo

Eduardo abrindo suas asas sobre nós.

O caminho da criação do nosso terceiro espetáculo já começou e confesso que está sendo muito interessante para mim - que fico aqui no escritório, o cantinho mais escondido da Toca Cutia. Depois de já ter me arriscado nos palcos da vida, inclusive no Grupo Maria Cutia em sua primeira formação e em outros caminhos profissionais, hoje estou à frente da produção do grupo trabalhando com meus outros quatro braços direitos que são Mariana, Nado, Hugo e Marielle.

Experimentações...

Enquanto fico aqui, dando andamento a algumas questões mais administrativas e de bastidores, como eu prefiro sempre me referir, os braços direitos ficam à frente da minha janela de vidro, lendo e relendo as palavras de Shakespeare, arriscando cantos e arranjos de violão para suas personagens e narrativas. Em certo momento da tarde, nosso diretor, Eduardo, chega para orientar o fervilhão de ideias que vem e vão durante o dia. Um movimento gostoso que fico de cá acompanhando vidrada e me sentindo cada vez mais motivada.
Ideias, leituras, dúvidas, incertezas, perguntas...

A primeira impressão deste processo passa pela ebulição e contágio que é a criação. Mesmo  estando do outro lado da janela, parece que está dentro de mim, de tão verdadeiro e envolvente que é. Enquanto estamos aqui (e isso sei que posso falar na primeira pessoa do plural), parece que todo o cansaço de noites de pouco sono e dias de intensa rotina de trabalho e apresentações desaparece, dando espaço a uma enorme vontade de fazer as coisas acontecerem.
O lado de cá do vidro.


Por Luisa Monteiro

2 comentários:

  1. E viva essa tempestade que é a criação no teatro.
    De cá ou de lá da janela, mas sempre dentro da gente.

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  2. Lu, "vidrada" desse jeito, você nunca vai virar um CACO! hehehe!

    Enviando energias positivas para esse novo momento cutia!

    De certa forma, vidrado tbm, do lado de cá da internet.

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