Buenos Aires. 07 de fevereiro. 13h30. Dia sol. Caminhando pelo espaçoso apartamento alugado à rua Ecuador, 856, vejo, por cima da cama, aberto, um caderno com o início de uma letra rascunhada. Sento, pego-o, leio as linhas. Busco uma caneta, provavelmente a mesma que iniciou aquela primeira parte da canção e rabisco algumas outras linhas. Nesse tempo, adentra pelo quarto o autor da letra. Acomoda-se na cama desarrumada, natural aos primeiros dias de viagem, como se as coisas buscassem por si sós o seu canto durante o restante dos dias, mostrando-me aquela letra com a música.
Mesmo sem o pedido, petulantemente, proponho-me sem indagar a continuar a letra. Borro aquilo que eu já havia escrito. Corto uma palavra no penúltimo parágrafo do autor, ação ainda mais arrogante, cambiando-a pela palavra "queda". Arrisco, por este último ato, escrever as próximas linhas em español, surgindo algo. Ponto. Pausa e longa espera...
Buenos Aires. 04 de março. 01h40. Madrugada brisa. Penúltimo dia de viagem. Vinhos, conversas e frases. Violão ao peito e todos os 25 dias na cabeça. A amiga, já conhecedora da inacabada canção, aguarda seu término. Os outros dois fundem cuca. 3h34...
Genteee q lindeza!Adorei! gosto muito desta mesclagem de idiomas...
ResponderExcluirUm salve p/esta inspiração na madrugada!Belíssimo!
Fico daqui acompanhando esta "cutiagem" toda agora pelo mundo da África!
Aliás, pela data q aqui escrevo acho q já se encontram por lá!
Beijo Grande a vcs!:0)