Minha mãe, linda e juvenil como uma rosa, completa 55 primaveras. De presente pra todo mundo, uma festa, um ônibus cheio de amigos e, dentre todos eles, a gente. E caimos na estrada. 10 horas de viagem até a beira do Velho Chico, até a cidadezinha em que cresci entre barranqueiros e carranqueiros: São Francisco. Tempo em que tudo por lá me parecia enorme, distâncias longas para minha bicicleta cor de rosa. Tempo que eu arrancava as cenouras da horta da vovó e que, como ainda eram pequenas, eu devolvia para a terra sem ela saber. Tempo em que o vovô andava pela rua cumprimentando todo mundo e a gente morria de rir dele (êta Seu Zé da Pinga danado! O mundo todo era doido com ele!). Tempo que o Tio Ito me ensinava a cantar acompanhada pelo seu violão, mesmo sem os dentes da minha janelinha. Tempo em que o Tio Valmir colocava gelo no chão da laje do vovô pra gente pensar que tinha chovido granizo em pleno sertão. Fica a saudade. Fica a minha história.
E a menininha do rio cresceu. Continuou cantando, continuou brincando. E encontrou outros brincantes por esse mundão afora, longe da beira do seu rio. E juntos foram eles para o norte, para a festança da mamãe e para uma grande roda com cenário de cartão postal: na frente a igrejinha, no fundo o Velho Chico.
E foi festa pra não acabar mais:
Minhas babás: Dê e Denice
Dandam, eu e Tia Cecy - nossa lembrança mais doce do Jardim
E a menininha do rio cresceu. Continuou cantando, continuou brincando. E encontrou outros brincantes por esse mundão afora, longe da beira do seu rio. E juntos foram eles para o norte, para a festança da mamãe e para uma grande roda com cenário de cartão postal: na frente a igrejinha, no fundo o Velho Chico.
E foi festa pra não acabar mais:
Os Mensageiros da Emoção (ex-alunos, antigos e grandes amigos da minha mãe) que contaram a vida da mamãe em canções
Uma cantoria que começou de dia e caiu pela noite afora. Com uma paradinha para o pôr-do-sol que a mamãe encomendou só pra gente.Relatos da barranqueira Mariana
(filha de Keu e Arruda, sobrinha de Valmizinho, Ito e Mil, neta de Dona Maria e Zé da Pinga)
Mari, quantos Chicos em sua vida, hein?
ResponderExcluirE na festa só faltou a caçulinha,mas meu abraço foi via correio, espero que mi madre já tenha recebido!
E termino meu dia inspirada pela bela paisagem do Velho Chico que tanto conto por aqui.
Beijos grandes.
P.S.¹: Fala pra Mariele devolver meu macacão!
P.S.²: Estou quase descobrindo como colocar MP3 na rádio do Blog, assim que descobrir te conto pra vc baixar o Desenho Canção para o seu blog,ok?
P.S.³: Dê notícias do pessoal da E.M. Calazans, outro dia deu uma saudade, acredita?
Que nostalgia gostosa foi voltar ao Velho Chico.
ResponderExcluirE emocionante o seu post, irmã.
Beijos em todos!