Desde 2006, ano de nascimento do Maria Cutia, sempre intentamos construir e renovar nossos espetáculos de maneira a torná-los novos também para nós. Tal fato hoje se estabelece quando começamos a misturar linguagens mais, digamos, "herméticas", como a do palhaço e a da máscara, com outras mais "populares", como rodas e brincadeiras - sem citar a música, claro, maior linha desta colcha de retalhos. A intenção de montar um espetáculo em que sua narrativa não é construída de um modo linear, com começo, meio e fim, deu-se de maneira natural e nos ensinou uma coisa: tudo pode ser feito, só não pode ser feito qualquer coisa.
Inúmeras formações, diversas descobertas (tanto para nós, atuais integrantes, quanto para os antigos), reverberam hoje em um universo, bem sabemos, edificado por várias vozes, ricas, cada uma em seu devido lugar, e que hoje dizem o que é este espetáculo: uma soma de idéias.
Talvez por se tratar de uma estrutura extremamente adaptável, talvez por ser um espetáculo em que não há faixa etária para assistí-lo, talvez por ser concomitantemente despretensioso e sincero. Não se sabe. Mas algo reverbera em nós de forma inimaginável, continuamente nova e bonita. O retorno que temos do público é lindo e, ao mesmo tempo, louco, catarticamente louco.
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