terça-feira, 18 de agosto de 2009

São Francisco (MG)

Há algum tempo, entre 2006 e 2007, fizemos uma apresentação em São Francisco, no interior de Minas. Fomos convidados a fechar o Festival do Folclore da cidade que carrega o nome de um dos rios mais importantes do nosso país. Ali, margeados por aquela imensidão de água, histórias, sob um calor escaldante durante o dia, pudemos conhecer um povo curioso, alerta por novidades que, naquela ocasião, éramos nós. Ainda com a primeira formação do Grupo (com Luna, Luísa, Luciana e Ricardo, que não se apresentou naquele dia), ensaiamos as músicas na parte da tarde, passamos o som onde nos apresentaríamos e voltamos para o hotel (ops! casa do Walmir). Chegada a hora do início do espetáculo, não tínhamos a noção do que seria. Ao chegarmos no local, nos deparamos com uma multidão que nos aguardava - segundo os organizadores, por volta de 1500 pessoas. Nunca tínhamos (se é que hoje o temos) apresentado o Na Roda para tanta gente. Com a garganta seca, os olhos miúdos para buscar até a última pessoa naquele bloco desmesurado de espectadores, tentando encontrar o melhor modo de dizer o texto para todos, fizemos.

Hoje, revendo as imagens, encontro várias diferenças com o "Na Roda..." que era e o que hoje é. No "auge" de uma quase total
despretensão cênica, percebo o quão rico e importante é esse espetáculo para a vida de tantas pessoas que pelo grupo passaram. Nas palavras de Raduan Nassar, "O Tempo é o maior tesouro de que o homem pode dispor. Embora inconsumível, o Tempo é o nosso melhor alimento. Sem medida, em que eu conheça, o Tempo é, contudo, nosso bem de maior grandeza". É isso.

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